O chamado Governo Geral ─ que inclui União, estados e municípios, além de seus poderes ─ precisou de R$ 741,3 bilhões para cobrir suas contas em 2024. Este número é conhecido como necessidade de financiamento líquida e indica o quanto o setor precisou se endividar no ano passado.
O montante demonstrou uma queda de 12,2% em comparação com a necessidade líquida de financiamento registrada em 2023. É importante notar que esses cálculos já consideram os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
Composição do Endividamento
As informações constam no estudo Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento detalha como a necessidade de financiamento se dividiu entre as esferas de governo:
Governo Central: R$ 670,3 bilhões
Estaduais: R$ 55,5 bilhões
Municipais: R$ 15,5 bilhões
A maior fatia das despesas e receitas, e consequentemente do endividamento, concentra-se no Governo Central.
Juros e Arrecadação em Destaque
A redução na necessidade de financiamento ocorreu porque a arrecadação cresceu 12,7% nominalmente, superando o aumento de 8,5% nas despesas.
Houve um destaque no crescimento da arrecadação de impostos, que subiu 16,3%, e nas contribuições sociais, com expansão de 8,2%.
No lado das despesas, o item mais pesado é o de benefícios previdenciários e assistenciais, que aumentou 6%.
Em 2024, o Governo Geral gastou R$ 971 bilhões apenas com o pagamento de juros. Este valor expressivo corresponde a 52% de todo o montante gasto com benefícios previdenciários e assistenciais (R$ 1,9 trilhão).
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