A gigante norte-americana da aviação Boeing viu suas ações despencarem na manhã desta quinta-feira (12/6), em meio ao choque causado pela queda de um avião modelo 787-8 Dreamliner, da Air India, no oeste da Índia. O acidente, que envolveu 244 pessoas entre passageiros e tripulantes, provocou um recuo de 8% nas ações da empresa durante as negociações pré-mercado nos Estados Unidos.
O voo, que seguia do aeroporto de Ahmedabad para Gatwick, no Reino Unido, caiu logo após a decolagem em uma área residencial povoada, segundo informações da autoridade indiana de aviação. Imagens divulgadas pela imprensa local mostram colunas de fumaça preta saindo do local do acidente — um cenário de tragédia que reacende os temores sobre a segurança dos aviões da fabricante.
Entre os ocupantes da aeronave estavam indianos, britânicos, portugueses e um canadense. Até o momento, não há informações sobre possíveis sobreviventes. As equipes de resgate trabalham contra o tempo para conter incêndios e retirar corpos dos destroços.
Este é mais um episódio grave na história recente da Boeing, que já enfrenta investigações por falhas técnicas em modelos anteriores como o 737 MAX, envolvido em dois grandes acidentes que resultaram na morte de centenas de pessoas em 2018 e 2019.
Especialistas do setor aéreo alertam que, mesmo sem conclusão oficial sobre as causas do acidente, a reputação da companhia pode sofrer danos significativos. "Cada incidente desse porte afeta a confiança das companhias aéreas e dos passageiros", afirmou um analista do setor.
Enquanto isso, a pressão aumenta tanto para a Boeing quanto para as autoridades reguladoras. Investigações devem começar imediatamente, com participação da Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) e da Administração Federal da Aviação dos EUA (FAA).
Com a imagem fragilizada, a Boeing terá que agir rápido para controlar os danos. Mas, por ora, a prioridade é apurar as causas da queda e prestar contas ao mundo.
Comentários: